Que aquele lugar lógico e plebeu,
Mas amo aquilo, mesmo aqui... Sei eu
Por que amo? Não importa nada. Adiante...
Isso de sensações só vale a pena
Se a gente se não põe a olhar pra elas.
Nenhuma delas em mim é serena...
De resto, nada em mim é certo e está
De acordo comigo próprio. As horas belas
São as dos outros, ou as que não há.
(Soneto II de Alberto Caeiro, escrito cinco meses antes de Opiário. Londres, outubro, 1913)
terça-feira, 16 de março de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário