quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Boa noite, meu nome é Georgia. E tive a minha recaída... rs

Eu sou viciada em blog. Estive 'sóbria' por uns bons meses, mas nunca me esqueci do prazer que sinto em postar. Prazer? É, prazer. É um misto de desabafo, de compartilhamento de criações homéricas, do lançamento de idéias universais, de criação de um alter ego ao estilo Dr Jekyll e Mr Hide. Isso sim, considero como um 'alimentar de ego' incessante, afinal de contas, todo mundo escreve pra alguém ler.

Claro que o êxtase da criação - que pode nem ter nada a ver com o momento da gente - traz milhares de problemas também. Primeiro, meu amigo aqui me toma um tempo precioso. Mas ele é fiel... taí sempre que eu preciso dele. Não preciso me deslocar pra encontrar pessoas maravilhosas - outra nem tanto, claro... - que compartilham o mesmo pensamento que tenho. Só que ele me exige tempo. E cada vez que entro aqui, permaneço até a exaustão.

Ok, consideremos, então, uma certa fuga da realidade. Afinal de contas, a gente posta, na maioria das vezes sobre o que nos aflige (e estes são os melhores posts, por certo, porque é o teclado se desmanchando em lágrimas de sangue. Mas o extremo da felicidade também está aqui. O amor já se tornou'arroz de festa' e tomou o lugar do Rick Martin nas paradas de sucesso. As dores, essas são as que mais dão ibope. Não sei porquê. Talvez seja a tendência sádica enrustida nas pessoas, apesar de que, parcas, mas algumas, compartilham-na comigo. Nem tudo é o que parece, mas muito é real. Trocam-se nomes, alteram-se alguns pontos aqui e acolá, mas a essência, essa, permanece a mesma.

Falar faz bem. Muito bem. A gente expõe o que nos vai na alma e, em troca, recebe carinho, críticas construtivas, mas também muita tacada de baseball na cabeça. Riscos. Mas passando pela peneira, dá pro gasto. O problema é que, cada vez que algo imensamente feliz ou tremendamente triste acontece, lá vem a gente correndo postar no blog feito consulta psiquiátrica de final de dia. Só que aqui, não há tempo limitando a consulta. Aqui você segue o quanto se permitir. E que mal há nessa exposição de Georgia? Não vejo lá grandes coisas. Você que me lê pode me achar louca, mas a gente faz aqui, o que fazia numa roda de amigas antigamente. Ok, a net te afasta da realidade e você se torna introspectivo. Mas ninguém vê a tua cara inchada de choro quando tudo dá errado. A não ser que você poste. Só que também não tem aquele colinho que a gente precisa pra desidratar o corpo inteiro.

Tem muita gente aqui que eu nunca vi, mas que me trata decentemente, tal qual mereço. E me dá valor não só pela maldita casca. Não sou nem um pouco a fim de ser aquela loiraça bronzeada de olhos azuis. Claro que isso ajuda, mas eu prefiro muito mais ser aquela loiraça bronzeada de olhos azuis que entende de muita coisa e quando abre a boca todo mundo admira. Não sou metida, apesar de muita gente achar isso. Não sou dada (pois é, já ouvi isso), apesar de ser educada e atenciosa com todo mundo que me cerca. Sei bem a que vim e o que quero. Não preciso alimentar o meu ego da forma como muitos pensam. Os 'lindos olhos azuis' não me valem pra nada, se não tiver conteúdo. Mulher sem conteúdo não dá. Ser inteligente dá trabalho. Por isso, a maioria das mulheres se permite fazer uso daquilo que a natureza gentilmente lhes deu pra tirar onda dos homens desavisados (?), burros (?). E eu realmente sinto pena, muita pena dessa necessidade deles de massagear o ego (desculpa, mas não é não coisa de natureza, apesar da testosterona fazer estragos vez em quando. É, sim, o prazer de caçar. Alguns tem mais outros menos. E outros - poucos - conseguem controlar esse ímpeto. É uma questão de valores. Ou evolução da espécie. No fundo, numa relação dessas todos se usam para seu bel prazer. Triste, mas real. Pena que muitos homens não consigam enxergar que, às vezes, as que estão ao seu lado, estão porque querem, porque acham que vale mesmo a pena. Quem precisa massagear o ego, tende a ficar sozinho, porque acompanhado estraga o método. Isso é mais claro que água limpa).

Mas voltando ao princípio... Blog vicia, e blog é bom. Aquela coragem que nos falta de vez em quando de dizer o que dá na telha, cabe muito bem por aqui. No blog a gente expõe muita coisa. Mas será que é diferente quando você está numa cervejada com os amigos e solta alguma sem querer? Meio mundo vai saber. Aqui, se você quiser você fala. E a gente não dá nunca nome aos bois. Bom, não tem azaração, nem aquela 'gostosa' que acabou de passar pela mesa ou o bombadinho que tava logo ali, virando o primeiro corredor. Não tem aquele bombardeio de gente dando tiro de tudo quanto é lado pra ver se leva alguma presa pra casa (casa?).

Nossa! Quanta acidez! Mas se você pára pra pensar, é isso mesmo. Só que a gente dá umas pinceladas na realidade, deixa tudo perfumadinho pra coisa não parecer tão animalesca quanto é. Ahhhhhhhhhhhh, desculpa, mas eu ainda boto fé na humanidade... Um ser que chegou tão longe não pode ser tão fútil assim. Se não, vamos todos nos tornar 'porras-loucas', torrar dinheiro e virar contraventores logo de uma vez!

Olha, mais uma vez digo, respeito quem pensa assim desse jeito, mas a minha verdade é outra. E, assim como eu não gosto da de alguns, podem não gostar da minha também. Livre arbítrio é isso mesmo. Resta saber o melhor jeito de usar esse dom que a gente recebeu.

P.S. 'Eu - você - nós' ao pé da letra funciona. Claro que funciona. Funciona sabe quando? Quando você vive o superficial. Aí não tem problema algum. Não afeta nem fere ninguém. Satisfações a gente dá quando quer. Mas o tendencioso é olhar pro seu próprio nariz. Altruísmo não existe quando não há algo mais forte guiando e se há algo mais forte guiando, o individualismo que a gente precisa é outro (se é que me entende). O que existe é o eterno olhar pro próprio nariz. 'Eu - você - nós' funciona. Quando somos jovens e não temos compromisso com nada no mundo. Tudo que é em excesso magoa. O outro lado nem sempre é o mesmo. A gente (seres apaixonados que somos) sempre se deixa em prol do outro. O 'eu - você - nós' que funciona é o que vem sem cobrança, de graça, o saudável, aquele tempo que você tira pra resolver os pepinos que ninguém além de você mesmo consegue, aquele momento pra relaxar e se divertir saudavelmente, sem ferir ninguém. Ninguém nasceu colado e ninguém consegue andar colado o tempo todo com alguém. Usando uma palavra que eu o-dei-o, é contraproducente. Sentir saudades faz bem. O que se tem que saber dosar é o limite. Liberdade está longe de ser libertinagem... E digo mais: quando você começa a contar as horas pra chegar o dia da cervejada ou da voada noite adentro... xiiiiiiiiiiii, o problema é mais embaixo. Aí, tá mais que na hora de repensar o relacionamento e ver se realmente vale a pena ou se voar é mais legal que isso. Ninguém prende ninguém a ninguém. Quem se prende é a gente mesmo. Pena que nem todo mundo lembra disso, né? E tem gente que não nasceu pra viver a dois. Nasceu pra viver pro mundo. Pra esses só resta abraçar o mundo mesmo e buscar uma felicidade diferente.

P.P.S. Acho que bom mesmo era ser bonita, boa e burra (ah, e muda também!). Decerto essas aproveitam mais. Inteligência, às vezes, dá trabalho demais e estraga. Não há de ver que dava uma bela tese??

P.P.P.S. Sobre o que eu ia falar aqui mesmo??? Já perdi o foco! Putz... remédio pra dormir faz um estrago!  rs Opa! Remédio pra dormir? Então já tenho atenuante pra tudo o que eu falei aí. Tô aprendendo... tô aprendendo... E vem meu daemon correndo me dizer: Georgia, antes que eu me esqueça, você é uma mala, mas eu te amo, agora, vai dormir, vai, porque nesse estado não dá pra falar contigo. Amanhã a gente conversa! E fico eu aqui, preocupada em resolver o que não tem solução, de um problema que é meu por tabela porque EU não consigo me desligar quando o desespero no que tange aos que me são caros é imenso e não consigo simplesmente fechar os olhos e tirar a massa encefálica da tomada. Desculpa, mas não tenho coração de pedra, não. E tenho o defeito de querer resolver todos os problemas do mundo. Acho que tenho síndrome de ONU. E isso, (in)felizmente, não tem cura. Problemas todos temos, uns mais outros menos, alguns são seríssimos outros nem tanto e cada um carrega o peso da sua cruz, mas sumir do mundo quando o calo aperta não é garantia de que eles - os problemas - irão se dissolver ou diminuir... Saber dividir os problemas com quem a gente ama é uma arte e requer treino constante.

P.P.P.P.S. Messenhor!!!! Que bicho me mordeu?????? rs I can handle... Bom mesmo é botar tudo pra fora e sair daqui renovadinha... hehehe

P.P.P.P.P.S. Minha felicidade tem nome e sobrenome (coincidências à parte...). E uma voz rouca que se confunde com a minha vez ou outra...

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