Aonde mais o amor pode levar? Como ele pode crescer até dimensões maiores? O diálogo completo de ‘ O Banquete’ é a resposta de Platão a essa pergunta. No livro, diversas figuras da sociedade ateniense estão reunidas discutindo a natureza, o sentido e as implicações do amor. Elas fazem várias descrições de amor, todas unilaterais, embora não falsas, até chegar a vez de Sócrates. Uma das pessoas disse que o amor nos faz adotar atitudes nobres para sermos merecedores do amado. Outro afirmou que o amor é uma espécie de frenesi e loucura, e outros, como Aristóteles, classificaram-no como a busca de nossa outra metade. Platão diz que o amor ‘é uma loucura que é dádiva divina, fonte das principais bênçãos concedidas ao homem’. Loucura porque sob a influência da paixão física, perdemos de vista perspectivas e prioridades. A alma anseia tanto pelo contato com a outra pessoa que perde o juízo. Quando você está apaixonado, é como se o universo estivesse concentrado na outra pessoa. Isso não é necessariamente falso. Platão diz que, em certo sentido, o universo realmente está nessa pessoa. Você só precisa transformar essa dimensão e ver não apenas a pessoa, mas o universo dela.
Tudo o que ele disse em 'O Banquete' - ao amar uma pessoa você esta amando o universo e vice-versa – relaciona-se ao amor genuíno, sem egoísmo. Ele jamais apóia o relacionamento físico apenas como meio de obter prazer. Para Platão, o relacionamento sexual significa mais que um simples impulso instintivo, porque poderia colocar a pessoa na senda do amor autotranscendente desde que seja uma paixão genuína, carinhosa e abnegada. Em todos os diálogos de Platão, o uso do outro simplesmente para uma gratificação egoísta se dissocia dessa senda; é uma cilada, um perigo, não é amor e não levará a lugar algum.
Diz ele que a beleza da mente é mais maravilhosa que a beleza da forma. O segundo degrau é amar todas as formas físicas belas, o terceiro é amar a beleza da mente, o quarto passo da escada do amor é a ética (integridade, justiça, bondade, consideração). E por aí vai. Platão diria que o amor está no centro da vida universal. Em 'O Fedro', ele utiliza uma outra metáfora para mostrar essa mesma idéia de amor, oscilando entre o mortal e o imortal, entre o específico e o universal, entre o concreto e o abstrato. Nessa obra, os amantes são impelidos a buscar regiões mais elevadas, formas mais puras de amor. Por isso criam asas. As asas permitem que eles voem até a borda do universo, onde eles vêem as formas eternas, ou seja, a essência das coisas temporais. Em seguida, Platão expõe outra metáfora: a da carruagem puxada por dois cavalos, um branco e outro negro. O garanhão negro representa o amor egoísta, que uma pessoa usa a outra para a autogratificação. Uma pessoa comandada pelo cavalo negro clama pela satisfação imediata dos seus desejos, sempre orientada pelo egoísmo. Se esse garanhão sombrio governa, ele perturba o equilíbrio da manada. Esse tipo de amor não conduz ao amor universal.
São afirmações como essas que revelam a tendência ascética de Platão. Ele adverte contra todo o tipo de amor excessivo, desequilibrado e autocentrado. Isso não é amor, em absoluto, é apenas amor-próprio. Mas se a pessoa ama verdadeiramente, o cavalo branco ajuda a governar, de forma que todo o grupo - o cavalo branco, o cavalo negro e o cocheiro - possa ascender em direção à 'borda do céu' e visualizar as verdades eternas. O cavalo branco fornece equilíbrio com seu bom senso, integridade, altruísmo e interesse pelo outro. Em termos gerais, o cavalo negro seria um símbolo dos sentidos físicos, enquanto o branco seria aquilo que está além dos sentidos. Já o condutor do grupo, representa a alma e a visão da alma, o bom senso, a pureza, o desejar espiritual. O amor pode ser a própria carruagem, o veículo para nos conduzir a uma nova dimensão do ser e proporcionar vislumbre de outros estados de consciência, no próprio ato do amor. Para alguns, é difícil assumir o amor na vida deles. E quando isso acontece, a tendência é a fuga. Fugir é fácil, não? Principalmente para pessoas controladoras, que não admitem que quando algo sai do projeto pode ter sido por uma boa razão. Há mais de um caminho pra se chegar lá, mas a pessoa tem que estar apta e aberta a mudanças. Caso contrário, tudo está perdido... Corações de pedra, depois de muito tempo vivendo na tal amargura, são os mais difíceis de ressuscitar. Eles se baseiam em: eu quero, eu faço, eu tomo conta e se sair do controle, dane-se o outro. Viver a vida como se fosse parte de um parque de diversões ao melhor estilo montanha russa, não é bem o caminho. Por que as pessoas não podem simplesmente amar?Ninguém quer ‘encoleirar’ ninguém. Pelo menos não eu. Quem não é livre não pode ser feliz. A liberdade é a melhor, senão uma das únicas coisas que a gente carrega conosco. É a única busca que você se empenha de verdade. Não sei o porquê de certas pessoas insistirem em querer o lado fácil da vida. Sem compromissos, fazem aquilo que querem sem se importar com nada, não amam, usam.Tudo bem, aí a culpa vem dos hormônios. E então, julgam o universo feminino...
Fazendo um retrospecto: mulheres sempre foram subjugadas, incapazes, tolas, burras e os atributos físicos eram o que mais de precioso existiam. Hoje, pra não ter que engolir a seco um marido regido pelos hormônios (pois é, sem livre arbítrio aqui. Os hormônios estão no controle!) intelectualizaram-se e tornaram-se independentes. Mas não abrem mão de amar e serem amadas. Outras estão aí pra curtir a vida adoidado feito o que vocês, homens, fazem desde o início. E na visão delas, esse deve ser o lado bom da vida, afinal, é isso que elas vêem o tempo todo. Essas se dão bem direto. E daí que seja ‘one night stand’ ou um mês aos finais de semana? Às favas! O que ela pensa? Vou aproveitar tudo o que ele tem de bom e no final f... Essa sim, não liga a mínima se o cara tem outra aqui ou acolá. E não é isso que vocês querem? Compromisso algum? E reclamam por quê? O monstro, quem criou, foram vocês mesmos homens (a tal estória: quando há mercado...). Sinto informar. E não deixo de me revoltar porque ainda assim, se dão bem. E são, sim, felizes. Ainda não consegui entender como alguns homens mantem mulheres ao seu lado sabendo que o relacionamento é puramente financeiro e se sentem bem com isso... Um dia quem sabe alguém me explique.
(Não vejo nada de errado em coisas previamente combinadas, mas algumas, simplesmente não dão certo. Essa não é uma fórmula que caia bem. Tudo é uma questão de limite do absurdo e bom senso, além de respeito. Senão, quem está do seu lado é o quê, mesmo??? - desculpa, pensei alto...)
Eu não sei viver sem amor. Sem ser amada. E sinto necessidade de ouvir isso sempre, por mais idiota que pareça. Não só ouvir, mas enxergar atitudes que me levem a crer que realmente sou amada. Sem isso, perco o rumo, o prumo, a razão. Não sou ensandecida. Sou humana. E, dentro das minhas veias corre o sangue mais quente que você jamais (?) poderia imaginar... E quando amo, digo uma, duas, milhões de vezes que amo, porque é imenso demais pra ficar guardado aqui dentro... Mas é duro ser literata. Cheguei à conclusão de que homens adoram mulheres bonitas, boas e burras, ou quase burras. As inteligentes tem quase sempre uma saída para os problemas. Intimidam. Porque grande parte deles precisa sempre estar no controle. Que saco! Ninguém tá jogando tênis pra torcer pro outro errar!!! No frescobol, se não houver controle de ambos, não dá jogo! Você se encaixa na jogada, conserta a bolinha que chegou meio torta e tenta colocar na mão do outro. Isso é trabalho em equipe. Você torce pro outro acertar.
E quer mesmo saber? Quem tem duas, três, quatro, dez, vinte, trinta mulheres pelo mundo afora, jamais conseguirá ser feliz. Sabe por quê? Porque amor requer doação e haveria de ter muito tempo disponível na sua agenda pra isso. Quantidade não é qualidade. Nunca foi. Pena que a maioria das pessoas ainda não tenha caído na real. A não ser que você seja doentiamente viciado em ter novidades o tempo todo, em sentir a adrenalina da conquista... e eu não considero isso normal. Fosse assim, o mundo seria uma loucura total e terra de ninguém. O problema não é o cara lá de cima, não. O problema está bem ali na tua frente, ou melhor, dentro de você. E não querer enxergar torna o problema maior ainda.
A vida é feita de escolhas. Algumas não prestam. Outras abrem portas pra coisas maravilhosas que, se você não provar, jamais saberá. Mas muitas dessas vezes, a porta se abre uma única vez e você só tem cinco segundos pra dizer se aceita ou não. Quanto ao tempo, quando passa... dificilmente tem volta.
Em I Coríntios, 13, diz: 'Tenha certeza que três coisas permanecem: a fé, a esperança e o amor, mas a maior de todas é o amor.’ Sem amor, as duas outras estariam perdidas num oco nada.
É, eu sei, tô começando a acreditar que a sopa de letrinhas foi longe... A paz que a gente busca... está mais perto do que a gente imagina. Só alguns ajustes... Mas há que se querer – e muito – isso. Prazeres fúteis, muletas momentâneas, transformar aqueles que te acompanham quando você mais precisa, em nada ajuda. É o mesmo que entregar a 765 e dizer: vai logo, atira.Tudo foi um mero erro. E você foi um oco nada. Nada, nada agradável de se ouvir isso. Mesmo que não as exatas palavras.
De salafra o mundo está cheio mesmo... tem razão. O duro é chegar a conclusão de que é esse tipo de mulher que é feliz. As sérias só se ferram. E como diz o ditado... as boazinhas vão pro céu, mas as malvadas se divertem muito mais. A vantagem pro homem em optar pela malvada, é que ele nunca se cansa. Muda de uma pra outra como troca de roupa. Não consigo entender como esse estilo de vida pode ser assim tão maravilhoso a ponto de jogar coisas extraordinárias pro alto... é pra alimentar o ego? Porque essa de hormônios já não me convence mais. Fosse assim, toda mulher em período fértil agia que nem cachorro – inclusive as bem resolvidas. E não é o caso. No fundo, eu acho que quem dá o limite é a gente. O duro é quando não se quer limitar por belprazer. É mais fácil seguir a onda, não? E assim, não há envolvimento mais profundo com quem você diz que ama. Nada me tira da cabeça que isso é pra manter a linha do abismo bem longe. Apaixonar-se, doar-se faz com que se perca o controle da situação. E alguns homens não lidam nada bem com isso. Ficar na zona de conforto é muito melhor. O medo do desconhecido trava o melhor da vida. Sinto pena, mas nada posso fazer. Espero que um dia, homens assim, acordem pra vida. E Deus lhes permita que não seja tarde demais...
Ah, mas tem homem que ama, sim, (ao contrário do pensamento de alguns) que se apaixona, luta pelo sentimento, chora, sofre e é extraordinariamente feliz porque soube ser um pouco menos racional e se entregar ao que há he mais belo em toda a nossa vã existência e todo aquele blablabla que você já conhece... e eu acho ótimo ver que ainda existe essa qualidade por aí. Que eu saiba, até hoje ninguém se tornou inferior por se atirar no abismo do amor. Nem tudo é cor-de-rosa e salmão. Há o melhor e o pior, como em tudo na vida. E é assim que a gente cresce e evolui. VIVA! DOE-SE! O resto vem de graça, como eu sempre digo.
O homem tem duas opções: ou vive plenamente solteiro, farreando, enchendo o caveirão dia sim, outro também etc etc e tal até o final dos seus dias... sozinho (ou 'mantém' uma dama de cia pra garantir os anos de velhice longe da solidão, que pode até ser aquela garota malvada de alguns parágrafos acima, - porque ela não vai estar lá muito preocupada se você precisa disso ou daquilo, se você sente ou deixa de sentir, se você precisa de um médico ou não [ah, pra isso você paga uma enfermeira], mas se você vai conseguir garantir as idas ao salão, o carro do ano e o resto todo mundo já sabe - acho isso sórdido demais, mas vá lá, cada um com seu gosto). Ou ele toma tento e faz um balanço daquilo que realmente importa na vida. Aqui não é a Terra do Nunca, infelizmente. Aqui a gente cresce, envelhece e morre (quando menos se espera). Viver é uma tacada só. Não tem repeteco, não. E digo mais, se de dez coisas que acontecem durante o dia, uma única fosse perfeita, seria o suficiente pra mim. As outras nove, são pequenas demais pra me afetarem e se não me afetam a ponto de perder a cabeça, raciocino e vejo onde errei e se tem conserto. Se não tiver, paciência. Vai pra caixa do esquecimento. Se tiver, eu corro atrás. Se conseguir, ótimo, senão, paciência outra vez. Nem tudo está em nossas mãos. Fora o destino. Ou pelo menos dá uma mãozinha, né? Escolhas, lembra??
Mas essa é a minha opinião... Opinião é como gosto: cada qual com o seu.
SERÁ QUE DÁ PRA DEIXAR AS COISAS SEREM SIMPLES??????
P.S. Dinheiro demais e uma dose generosa de poder é maldição! Nunca vi ninguém que tivesse ambas as coisas que fosse - ou se permitisse - ser feliz por muito tempo. Daí para justificar a fraqueza do espírito que cada um traz consigo... é um passo. Uns mais. Uns menos. Outros se afundam mesmo, enquanto uma parcela deles se julga no direito de permanecerem na infelicidade comprada. Mas é melhor ir parando por aqui, porque já deu muito pano pra manga esse tal assunto, não? A minha profundidade, às vezes, me assusta... É eu sei. Já falei demais.
AMAR UMA CASA
Há 5 dias
0 comentários:
Postar um comentário