domingo, 22 de junho de 2008

Doce Novembro


Sinopse:
Durante a prova de renovação de sua carteira de motorista, Nelson (Keanu Reeves), um famoso
publicitário, acaba por atrapalhar Sara (Charlize Theron), uma simples moça, fazendo com que ela perca a sua licença. Como compensação, ela pede que Nelson more um mês com ela, com o argumento de ajudá-lo a aproveitar melhor a vida, já que ele é completamente dedicado ao seu trabalho. E, neste mês de Novembro, nascerá uma inesperada e avassaladora paixão difícil de manter o controle da racionalidade.


Por que vale a pena assistir?

- Por que um mês?
- Porque é pouco tempo para se apaixonar, mas o suficiente para acontecer algo legal.

Existem alguns filmes de romance que são inverossímeis, moralistas e tem uma história linear. Aliás, todo ano surgem um monte de filmes assim. Só que alguns deles conseguem se destacar por uma perfeita química entre o casal principal e o clima mágico que qualquer um gostaria viver na vida real. E é exatamente nesse escalão em que Doce Novembro se encaixa. É um filme com pequenos detalhes que o tornam tão especial, mesmo não tendo nada demais logo de cara. Gostoso de acompanhar, faz rir, faz chorar e faz pensar - mesmo com o moralismo claramente forçado - logo depois que a projeção termina. É um dos melhores romances da atualidade, mesmo com todos os defeitos que o acompanham.

A história pode ser um pouco forçada, mas revive um pouco da inocência da época em que o filme original (Por Toda a Minha Vida, Sweet November, de 1968) foi produzido. Nelson Moss (Keanu Reeves) é um publicitário que não faz mais nada na vida além de trabalhar arduamente em uma empresa junto com seu fiel companheiro de trabalho Vince (Greg Germann), chato e que se acha o tal. Nas vésperas de uma grande apresentação, ele deixa sua namorada Angélica (Lauren Graham, em uma ponta apenas no filme) e tudo o que for relacionado a vida pessoal em segundo plano, menos a renovação da licença de motorista, obrigatório para qualquer cidadão - mesmo os mais ocupados e importantes, como Nelson. Durante essa prova Nelson conhece da forma mais inusitada Sara Deever (Charlize Theron), bela loira de ações meio loucas.

Ela o convida para morar um mês com ele, obviamente Novembro, e usa como argumento sua vontade de ajudá-lo a sentir a vida, e não somente o trabalho. A relação entre os dois é o ponto que o filme trabalha, pois Sara é exatamente tudo o que Nelson havia esquecido em sua vida. O filme a usa como artefato para trabalhar todos os sentimentos que assombram muitas pessoas nos dias de hoje (o que mantém o filme original atual), o amor, uma razão para viver, essas coisas piegas, mas que continuam funcionando. E são esses sentimentos que cativam o público de modo a pensar em suas próprias vidas, o que é certo ou errado, o que está faltando ou não - o ponto moralista que pode desagradar alguns que citei no início. Até por ser meio inocente, como falei anteriormente, e por em xeque algumas ações dos personagens do dia de hoje (o famoso pensamento ‘dinheiro não é tudo’).

Só que esse relacionamento é todo marcado por belíssimas situações, como quando Nelson vê Sara passear com os cachorros pela praia, livre, feliz, com as pequenas coisas da vida. Ou então quando ele pára Sara no meio da rua, de surpresa, e começa a entregar as rosas, com a mais perfeita trilha sonora para a cena ao fundo. São de cenas como essas que um romance se faz de verdade, e Doce Novembro é muito feliz nesse sentido. As situações não são bobas como muitas comédias românticas, mas mesmo assim encantam com sua simplicidade.
P.S. Você terá que assistí-lo até o final para compreender o motivo pelo qual a mocinha do filme leva a vida desse jeito meio maluco de ser.

1 comentários:

Kelly Jessie disse...

Não assisti ainda, mas quero...ainda mais que tenho uma tara pelo Keanu! hehehehe

^^

Bjs.

Kelly Jessie