quinta-feira, 12 de março de 2009

Que mania mais besta que o ser humano tem de justificar

que pra tudo existe uma razão! Argh! Que coisa mais 'fábula de Esopo'... então, as uvas estavam verdes mesmo??????

You shall know The Truth; and The Truth Shall set you free.

John 8:32

A verdade, a verdadeira verdade realmente liberta...

segunda-feira, 9 de março de 2009

Normalidades

Fora o leva-e-traz habitual de todo santo dia, do acompanhar diário da molecada aqui em casa, além do trabalho santo que me engrandece a alma, do livro que se encaminha, do voluntariado, das reuniões com os amigos, das sessões gastronômicas semanais, dos blogs, dos blogs que escrevo em nome de outros (é, hoje em dia até isso se paga... rs), da academia, das caminhadas diárias, da visita semanal ao salão para manter o feminilidade em alta (calma... pés e mãos, nada além do normal, uma escovinha de vez em quando, uma hidrataçãozinha e um banho de lua mensal, não mata ninguém), do suco de abacaxi com hortelã diário com minhas amigas lojistas, das aulas de inglês duas vezes por semana (Cambridge em dezembro, obrigação, no mínimo), de um show aqui outro ali, das viagens frequentes, das festas de família, dos agregados, dos campeonatos de tênis e outras coisinhas mais, ainda sobra tempo suficiente pra massa encefálica aqui me engolir de tanto pensar. E eu realmente procuro quem eu quero. Se não procuro não é por excesso de trabalho ou por cansaço. Isso não é desculpa. A gente sempre dá um jeitinho ou outro. E nem por isso deixo de tomar café expresso com os velhinhos da Curt Hering e ouvir as estórias fantásticas que eles têm pra contar. Quinze minutos de atenção não matam ninguém...

E depois ainda tem gente que dá uma desculpa qualquer pra não fazer nada... Eu também faço nada. Quando quero. E não preciso me escorar em desculpa alguma pra isso.

quarta-feira, 4 de março de 2009

No reason...

Série: House
Episódio: No Reason (Sem Motivo)
Temporada: 2ª
Número do Episódio: 46
Data de Exibição nos EUA: 23/5/2006
Data de Exibição no Brasil: 21/9/2006
Emissora no Brasil: Universal

Você acha que a única verdade que importa é a verdade que pode ser medida. Boas intenções não contam, o que está em seu coração não conta. Ser gentil não conta. Que a vida de um homem não pode ser medida pela quantidade de lágrimas derramadas, quando ele morre. Só porque não pode medí-las, só porque não quer medí-las, não que dizer que não sejam reais. E mesmo se eu estiver errado, você ainda é miserável. Você realmente acha que o propósito da sua vida foi o de sacrificar-se e não receber nada em troca? Não! Você acredita que não há propósito, para nada. Mesmo as vidas que salva, você repudia. Você transformou a única coisa decente em sua vida, numa decadência, em algo sem significado. Você é miserável por nada. Eu não sei porque quer viver.

Em negrito, uma reflexão que cabe em muitas outras questões... tirem suas próprias conclusões. Por essas e outras, adoro House.

domingo, 1 de março de 2009

Cem dias entre o céu e o mar...

Visitando o blog do Fernando Fernandes, deparei-me com um post bacanérrimo (olha eu aqui assassinando o Aurélio!!) sobre partidas. Lá ele citou Amyr Klink em 'Cem Dias entre o Céu e o Mar'. Já tinha até me esquecido disso, mas tem uma quê de poesia o que ele disse:

Descobri a alegria de transformar distâncias em tempo. (...)Descobri como é
bom chegar quando se tem paciência. E para chegar, onde quer que seja, aprendi
que não é preciso dominar a força, mas a razão. É preciso, antes de mais nada,
querer.(...) Se eu estava com medo da travessia? Estava completamente branco de
medo.(...) Era preciso vencer o medo e meu maior medo na viagem era o medo de
nunca partir.(...) Sem dúvida, este foi o maior risco que corri: não partir.

Já eu, não corro mais esse risco... assassinei os meus maiores medos porque achei que aquilo que eu buscava valia a pena e sempre soube muito bem o que queria. Pena que quase sempre isso é unilateral. A gente aprende.

E que vá tudo pro inferno: o jogo do contra

Hoje acordei com uma vontade de mandar tudo pra puta que o pariu. Só uma vezinha queria jogar a culpa toda nos outros e parar com essa mania de me auto-punir pela extinção da humanidade em prol de uma causa maior. Juro que me deu vontade de sair distribuindo todas as culpas que adquiri ao longo dos anos... aquelas mesmas, que nem minhas são, mas que assumi mesmo assim pra encerrar as pendengas dos outros.

E isso me fez lembrar do jogo do contra, um textinho básico que escrevi há uns dezesseis anos atrás e que dizia mais ou menos assim:

Só uma vez, queria ser inconsequente e fazer aquilo que me desse na telha.
Queria ficar um diazinho inteiro fofocando dos outros e apontando todos os defeitos das pessoas que, por má sorte, cruzassem o meu caminho.
Queria culpar fulano pela crise mundial e Joana da Silva por todos os males do mundo. Só por um dia, queria ser egoísta o suficiente pra me achar o máximo e execrar todo mundo de uma só vez.
Queria ser a 'bola da vez' e me sentir 'a tal'. Queria mentir. Mas mentir muito mesmo. Ser tremendamente falsa. Daqueles que dá até nojo.
Queria inventar mil estórias que me trouxessem muito lucro e fizessem todos sentirem peninha do mundo ser tão cruel comigo. Nossa! Pobre coitada, nada dá certo mesmo... Já pensou? E assim todo mundo iri passar a mãozinha na minha cabeça e dizer: calma, tudo vai melhorar, eu estou aqui e não vou sair.
Queria criar milhares de intrigas, fazer muita fofoca e não me importar com o resultado final disso tudo. Encher a boca de boatos e correr mundo afora. E falar que é um absurdo tudo isso, que eu não tive nada a ver com isso.
Queria riscar o fósforo naquele monte de palha molhada e tanta gasolina e ver o circo pegar fogo sem ligar se a merda do fogo vai dizimar aquela floresta lindinha que tem logo adiante.
Queria usar e abusar de todo mundo que eu conheço, só pelo prazer de fazê-los dançar conforme a minha música.
Queria passar por cima de tudo e de todos como um trator enorme, pra chegar lá onde eu quero. Os outros que se danem. O que me importaria era só o resultado final.
E acharia isso tudo ótimo, afinal é só mais um degrau rumo à ascensão!!!
Queria passar horas mancumunando qual seria o próximo passo à derrocada do outro e faria disso a minha missão. Escolheria fulano pra ser o meu gestor financeiro porque casório é profissão, né? Meus filhos? Eles que se arranjassem sozinhos. Já estão bem grandinhos pra isso. Queria saber só de sombra e água fresca. Dividir o meu espaço? Jamais. Os outros que se danem. Aqui é cada um por si.
Queria ser homem pra comer todas as mulheres gostosas, mas sendo mulher, dá na mesma, escolho os melhores pra dividir a cama. E é assim que vou galgando o meu espaço no futuro.
Queria ser política, daquelas bem corruptas, pra encher o bolso de dinheiro e ver o povo se engalfinhando por um prato de comida decente e uma muda de roupa limpa.
Queria ostentar muita riqueza e encerar o meu ego, pra diminuir aqueles que não tem absolutamente nada. Queria comprar milhares de coisas e dizer na maior cara dura quando me perguntassem se era novo: imagina, tenho faz uns dez anos e você nunca percebeu. Queria ser bem invejosa, porque é bem essa inveja que vai me fazer derrotar aquela pessoa que eu faço questão de ser igual, mas só há espaço pra uma no mundo, então, que seja eu. Queria ser tudo o que ela é, escrever como ela escreve, ter o mesmo tipo físico, o mesmo corte de cabelo, a cor dos olhos, a inteligência e a forma como fala, os trejeitos e tudo mais que a caracteriza, mas vou afundá-la na lama porque eu posso.
Queria enganar a todos, fingir que sou mais, fingir que amo e ninguém há de descobrir, porque eu sou uma atriz perfeita e se alguém se dignar a me desafiar, acabo com a raça, invento mentiras e esse alguém vai se danar.
Queria passar o resto dos meus dias me preocupando com aquilo que os outros são e não com o que sou, fingindo ser quem não sou até que a porcaria do elástico da minha máscara não aguente mais e caia chão abaixo expondo-me ao ridículo. Mas aí, já será tarde demais pra todos aqueles que cruzaram o meu caminho. A teia já terá sido tecida e não haverá mais como libertar-se disso.
Queria sempre querer mais, cada vez mais, até não aguentar mais. E então, de repente me veria no topo da montanha mais alta, mas me veria só. Não há graça nenhuma em vencer a qualquer custo e descobrir que não há platéia pra aplaudir o meu feito. Estaria só. E o tempo de redenção já me teria esvaído pelos dedos. Criança, não há vitória se estão todos mortos. Só há uma única sobrevivente. Carrasco de si própria.
Pobreza de espírito não leva a lugar nenhum. E não adianta ir à missa e comungar toda semana. Chega a ser sacrilégio!

Posso até me estrepar inteira, mas não carrego ninguém junto comigo. E não devolvo na mesma moeda... Isso tudo é aquilo que não quero ser jamais!