domingo, 31 de janeiro de 2010

O problema é a falta de estímulo... Quem é que faz alguma coisa sem isso??

Justo eu, que tenho aquele 'quê' de 'não me posso aonde não me desejam'. Sinceramente? Não me sinto lá tão desejada assim. Bobeia e não sinto é nada. E nada eu não sei ser não.

E a esperança de qualquer coisa começa a escorrer feito líquido entre os dedos... e não posso fazer nada quanto a isso, além de me deixar engolir pela angústia que alimenta o corpo. Os dias não passam assim tão fáceis e as noites, essas me cobrem com o manto de uma escuridão absurda, de onde não vejo saída alguma. Queria fechar os olhos e fazer sumir isso tudo. Mas não posso. Queria consertar qualquer coisa, mas não dá. Queria - mesmo que por um único minuto - me sentir tua, como costumava ser... O precipício que se abriu só aumenta... O oposto do amor não é o ódio, mas a indiferença... e essa sim, corrói como um ácido o coração, a alma e o corpo também. Não sei o que fazer.

Fugit irreparabile tempus...

On/off

Às vezes acho o amor um tanto idiota. Chega de mansinho, cresce até não aguentar mais, arrasa e depois... depois? Que depois? No fundo, a gente é  que é idiota...

Ninguém muda propositalmente seu jeito de ser, mas sabe quando aquela pessoa começa a se tornar o centro do mundo? Pois então, aí é que mora o perigo. Ali e na sensação de que, por mais que você tente fazer, nada nunca será o suficiente. Ou sou eu que não acerto nunca, ou é esse tal de amor que tem algum problema comigo. Vai entender... Alguém aí me consegue um pluguezinho de liga/desliga?

P.S. E o que é que eu faço com o medo de 'se esticar demais a corda arrebenta' que herdei nisso tudo?

And I miss you like the deserts miss the rain...

Escarlate

Na minha mente incessante a busca não tem fim. No coração que sangra não há caso ou descaso. Não há justificativas. É só vermelho escarlate borrifado no meio do temporal da sopa de letrinhas que eu invento cada vez que tento achar minhas explicações e confundir-me nos porquês inexistentes, mas que insisto tanto em caçar por aí. O corpo aberto, a alma escancarada e o orgulho... ah, desse nem se fala. Melhor calar mesmo antes de começar. Ou enlouqueço. Ou esqueço. Ou esqueço ou enlouqueço. Não, não desisto fácil. É que não tenho mesmo vocação pra kamikaze. Ou tenho?

Va bene

Allora io dico va bene, e me ne torno sotto al mio piumino. Ho detto va bene tutta la vita. E' il mio destino dire va bene. Uno che si arrende non può che continuare a dirlo, sapendo però perchè lo dice.
Va bene, va bene

Dreams

The Corrs
Composição: Stevie Nicks

Now here you go again, you say you want your freedom
Well who am I to keep you down
It's only right that you should play the way you feel it
But listen carefully to the sound

[Bridge]
Of your loneliness
Like a heartbeat drives you mad
In the stillness of remembering what you had
And what you lost
And what you had
And what you lost

[Refrain]
Thunder only happens when it's raining
Players only love you when they're playing
yeh, women they will come and they will go
When the rain washes you clean you'll know, you'll know

Now here I go again, I see the crystal visions
I keep my visions to myself
It's only me who wants to wrap around your dreams and
Have you any dreams you'd like to sell

Dreams of loneliness...
[Bridge]

[Refrain thrice]

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

O Pastor

(Madredeus)

Ai que ninguém volta
ao que já deixou
ninguém larga a grande roda
ninguém sabe onde é que andou

Ai que ninguém lembra
nem o que sonhou
(e) aquele menino canta
a cantiga do pastor

Ao largo
ainda arde
a barca
da fantasia
e o meu sonho acaba tarde
deixa a alma de vigia
Ao largo
ainda arde
a barca
da fantasia
e o meu sonho acaba tarde
acordar é que eu não queria.

A mesma onda que traz o amor, leva pra longe o amor. A gente tem que ter a paciência das ilhas pra esperar...

Everson Russo

Hoje vou tecer o meu roteiro, ferver minhas palavras e tatuar um sonho bom recheado de ti. Amanhã não quero me acordar.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Saudade


O silêncio engole meio mundo de esperanças e as palavras devoram a minha sanidade. Bebo da nascente do abandono e me afogo no mar que se fez na alma. Bem ali, onde o rio da tristeza desemboca.


As lágrimas são o sangue da alma.
(Santo Agostinho)

Minha alma tem o peso da luz.




Tem o peso da música. Tem o peso da palavra nunca dita, prestes quem sabe a ser dita. Tem o peso de uma lembrança. Tem o peso de uma saudade. Tem o peso de um olhar. Pesa como pesa uma ausência. E a lágrima que não se chorou. Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros.
(Clarice Lispector)

E a saudade é uma angústia permanente... um aperto no peito que você não sabe como nem quando chega. A saudade não faz alarde. Simplesmente brota feito erva-daninha. Você passa a eternidade arrancando e ela torna a crescer no minuto seguinte. Nem um milhão de palavras descreveria a saudade. A minha saudade é só minha. A minha dói na alma. A sua, eu não sei. Se é que está lá.

A derrota por si só é temporária. O que torna a derrota permanente é a desistência.

Napoleão Bonaparte costumava dizer que quem teme ser vencido tem a certeza da derrota.
Vou ainda mais longe: perder o entusiasmo acaba com um homem. E é aí que ele se entrega à derrota.

A causa da derrota não se encontra no obstáculo ou no rigor das circunstâncias; está no retrocesso na determinação e na desistência da própria pessoa. Se falasse em dificuldades, tudo realmente era difícil. Se falasse em impossibilidades, tudo realmente era impossível. Quando o ser humano regride em sua decisão os problemas que se erguem em sua frente acabam parecendo maiores e confundem-no como uma realidade imutável. A derrota encontra-se exatamente nisso.
(Daisaku Ikeda)

Shut up!!!!

Nem comento... a letra é boa. Mesmo.

“Há tempo de plantar, e tempo de colher”, diz Salomão no Eclesiastes.

Existem momentos em que o guerreiro desembainha sua espada e parte para o combate. Mas existem momentos em que é preciso ter paciência. Sentar. Relaxar. Rezar. As coisas virão no seu devido tempo – não se preocupe.

Não adianta ficar andando de um lado para o outro. Não adianta parecer ocupado, ou iludir-se com a sensação de que está fazendo alguma coisa. Não adianta forçar um aprendizado novo.

No intervalo entre um combate e outro, o guerreiro fuma seu cachimbo e espera. Se não agir assim, seus olhos não poderão enxergar os sinais de Deus. E todos os mapas capazes de guiar seus passos podem passar despercebidos.
(Paulo Coelho)

É. De vez em quando esse cara tem razão... Então, São Chico, faço minha a sua prece: “Senhor! Dai-me coragem para mudar o que é possível mudar. Dai-me paciência para aceitar o que eu não posso mudar. Dai-me discernimento para distinguir entre uma coisa e outra.”

Mais um dia com a tal 'lack of...' Saudades de quando você me sentia, quando me lia nos olhos, quando sabia de mim mesmo estando longe

Saudade da tua mão na minha, do teu braço no meu ombro e das curtas caminhadas até a beirada. Saudade do teu sorriso puxado quando dança, do 'meu amor' que saia tão natural, da felicidade incontida. Podia passar horas descrevendo tudo e ainda assim faltaria espaço.

Saudade de começar o dia com um copo de suco de laranja, bauru ou misto quente em pão francês, uma xícara de café com leite olhando pro mar, sentindo a brisa beijando o rosto... e as borboletas no estômago pelo simples fato de te ter ali, ao meu lado. Aquela sensação de que ia ser assim pra sempre...

Amo. E como amo! Cada poro do meu corpo é testemunha...

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Duas coisinhas básicas: odeio rodeios, então, não me enrole. Também não sou dada a silêncio. Nunca tive boa convivência com ele...

É. No fundo, eu odeio ficar no vácuo.

Você não soube lidar com o que sou. E eu não sei ser aquilo que você parece gostar.

Tostines vende mais porque é fresquinho ou é fresquinho porque vende mais? Mas já parou pra pensar que talvez - e friso bem o talvez - não seja eu esse o problema? Será que não tem neura chifre em cabeça de cavalo nisso tudo também? Pergunta boa pro daemon, não? Eu me estouro e me ferro. O outro estoura e eu me calo... ouço a desculpa e esqueço. Não consigo entender aonde cabe o nexo aí. E olha que teve muuuuito mais no pacote. Só não citei. Não tô jogando tênis, droga. Tô tentando te fazer entender que todo mundo tem sua parcela de participação. Só digo uma coisa: quando o perdão é concedido, a gente não fica voltando no assunto. Ou então não se perdoou.

Talvez Santo Agostinho tivesse mesmo razão:

quando o amor é grande, o medo não é menor. E foi ele também quem disse que toda grande alegria é precedida por um sofrimento de igual tamanho.

É bom que ele esteja certo disso.

Como consertar o que não tem conserto (ou seria, não quer ser consertado)?

Nem sei o que te dizer. Parei, pensei. Ou melhor, não pensei e fui logo dizendo o que me entalava a garganta. E aquilo que era pra me aliviar a alma (e o semblante também, haja visto a tensão desses últimos dias, meses ou sei lá em que classificação temporal - temporal? Isso já me lembra que a chuva já, já cai outra vez... cá dentro e lá fora quando o que eu mais queria era um dia lindo de sol e um sol brilhando aqui em mim, de mim - pra mim, tanto faz...) acabou por atarantar-me (e isso existe?) ainda mais porque sei que você não vai  acreditar em mim (como sempre) e que eu não vou voltar atrás porque não ouvi aquilo que me permitiria ficar. Nunca ouço. Já deveria estar acostumada, mas isso é atípico em minha pessoa. Não me 'acostumo' com as coisas.
Não sei mesmo o que te dizer, mas esse carrossel ininterrupto de velocidades alternadas que corre aqui dentro de mim me desestabiliza e fico assim, meio perdida num amontoado de palavras soltas que talvez nem juntas fariam sentido algum. E mesmo que fizessem, talvez você não me compreendesse porque chego à conclusão de que as nossas rotações devam ser diferentes. Assim como as frequências são anos-luz distantes uma da outra. Se estou errada, por favor me corrija. Se te irrito, brade comigo, mas pelo amor de Deus, fale alguma coisa, que silêncio eu ainda não aprendi a compreender. Ainda mais eu, que falo pelos cotovelos.
Talvez esse meu jeito insano de levar as coisas, essa minha ânsia de cuidar minuciosamente de um algo que nem mesmo existe deva estar distorcendo - ou contorcendo - as ligações elétricas dos neurônios dessa cabecinha loira. Talvez esse meu jeito ávido de viver cada segundo como se fosse mesmo o último não seja assim tão conveniente. Já disse: sou uma aberração. E isso - não pode negar - já sabia desde o início.
Se pudesse voltar no tempo mudaria algumas coisas, mas não alteraria suas cores, apenas os dissabores. Não que desejasse um mar perfeito - a agitação das ondas é que fazem os bons surfistas -, mas olhando assim, talvez fosse mesmo capaz de alterar o curso das coisas e moldá-las de acordo com a normalidade. Anormalidade. E quem me entende??
Não entendo o porquê do meu desejo ávido de buscar sempre um porquê das coisas, redundância absurdamente real. Eu sei, chega a ser irritante, mas é assim que eu funciono e é difícil mudar depois que a coisa encalacra no ser.
A esta altura do campeonato a lua já está quebrando o pau com o sol que mandou as estrelas pra uma galáxia perdida qualquer e os riscos do eclipse total ocorrer são visíveis. O duro é saber o que resta depois disso tudo, se é que resta alguma coisa. E eu sigo catando os caquinhos de mim espalhados no caminho durante toda essa espera pelo cataclismo cardiomental (ah, eu e meus termos hiperbolicamente criativos...) que nunca vai acontecer, vai? - esperança maldita que insiste em permanecer no limbo e que eu não consigo extirpar assim sem mais nem menos.

- Olha, guria, fogos de artifício! - e olho mesmo pra cima em busca de uma explosão linda cheia de cores pintando o negro do céu ausente de lua e estrelas...

E eu só pensaria: enfim! E atravessaria até a nado o precipício que se abriu entre nós.
Será que milagres acontecem mesmo? Acho que não.

Ensaio 124

Era um barulho ensurdecedor aquele, que ouvia todas as noites... Um 'tum tum' incessante, irritante, que chegava a ser torturante, quando tudo o que ela mais queria era esquecer. E quanto mais queria isso, mais lembrava. E assim se seguiam os dias, nesse sistema ininterrupto de engodos e disfarces, de esperanças mortas (?) e presentes vazios. Mas era à noite, na ausência de tudo e de todos, que aquele som irritantemente cheio de arritmias lhe perturbava a mente. E não havia nada que pudesse fazer a não ser engolir seco e fingir que não estava lá. Os olhos à espreita de qualquer vibração daquele telefone deitado sobre a mesa, o toque da campainha, uma carta, um sinalzinho só. Mas nada. Não havia nada. E ainda assim o coração insistia a sair-lhe boca a fora. Tolice. Quisera estar a observar tudo de cima, de fora, distante. Mas não ali.

Ensaio 92

Era um dia quente, mas o vento bagunçava meus cabelos. O loiro se misturava aos raios de sol como que num êxtase frenético e inconsequente. E era como um bálsamo ao toque flamejante da pele minha. E, por um minuto, perdi a noção de quem eu era realmente.
Os olhos fechados, uma música perfeita lá longe, no obscuro da mente incessante com o vai-vem dos pensamentos repetitivos. Os porquês sem resposta. O caderno caído aos meus pés e aquelas fotos que eu não revelei ainda palpitavam o músculo. Aquele mesmo desgraçado músculo que me traiu todas as vezes em que pensei que estivesse no controle. Auto-controle.
O cheiro de grama cortada, o som das crianças brincando na rua, os velhos contando anedotas. Era como se eu jamais tivesse saído dali.
Não queria.
Permaneci.
E assinei assim minha própria sentença.
Condenei-me.
E segui ali, por uns míseros minutos, admirando aquele vídeo imaginário extraordinariamente feliz que me corrói por dentro, feito um câncer em estágio final, exagerando em hipérboles circulares tudo aquilo que um dia me permiti viver, mas não vivi.
O que corrói o ser alimenta a alma.
O que alimenta a alma, corrói o ser.
Quid me nutrit me destruit!
E o fino cordão de prata, aos poucos, perde os elos numa viagem sem volta.
Não te preocupas que me atormentas os sonhos assim, sem ao menos pedir licença e te vás como a mais fina névoa? Fui apenas escriba da tormenta de letras que se seguiram desde então... ou coisa pior.

Ensaio 107

Você, ah, você... Nunca está lá quando eu mais preciso. Nunca esteve mesmo, não seria desta vez. Caraca! Eu aqui, feito barata tonta, olhando para todos os lados e tentando achar aquela nova/velha cara conhecida e só vejo um amontoado de gente se abraçando e chorando, rindo, indiferente e mais um bando de robôs que ficam sem ação quando recebem os outros. Mas eu estava partindo.

Fiz o meu check-in meio assim, sem gosto, sem sal. Um mundo de promessas largado para trás em prol de outro mundo – literalmente (e assustadoramente sem você)– de promessas que, numa dessas tome conta de vez de preencher o maldito vazio que você me deixou. E eu nem sei o porquê disso tudo. Hilário, não.

Sentei no café, abri o notebook e não vi nada lá. Nenhuma mensagem, imaginei que, com tamanha covardia você até podia se dar ao luxo de me escrever qualquer coisa, tentar ao menos me convencer de que eu estou completamente errada e que você não é esse bicho de sete cabeças que eu estou começando a, criativamente, desenhar no meu mapa mental.
E eu penso, estou indo para longe, bem longe, para quê? Esquecer um mundo de palavras infundadas que não consigo tirar da cabeça? De repente isso tudo começa a me parecer uma idéia idiota. Como é que se foge de algo que não se consegue enxergar? Sei lá. E penso olhando firmemente para a xícara de café preto e forte na mesa: putz, será que um dia isso acaba? Hoje eu gostaria demais que alguém sentasse diante de mim, repousasse a mão no meu ombro e me falasse ‘filha, acalme-se, que dia tal do ano tal a tua provação termina’. Mas isso é mera utopia... e eu tenho um avião para tomar.

Corro para o saguão lotado de gente. Gente que não conheço. E por ora isso me tranqüiliza. Não quero falar com ninguém, quero apenas me concentrar em não me esvair no choro, em controlar o emaranhado de lembranças que acumulei nesse tempo e sei lá eu mais o quê. Fico imaginando o que se dá na vida daquelas pessoas que compartilham o mesmo espaço que eu, que tipo de vida levam, quais são os seus problemas, suas preocupações, seus anseios, vejo um casal recém-casado – as alianças brilhantes e enormes, não tem como deixar de notar - com cara de que está indo para a lua de mel, e isso me faz abrir um sorrisinho. E me dou conta de que é o primeiro em dias! Isso não é bom. Nada bom.

Embarco, enfim, e fico ali, olhando pela janelinha. E a única coisa que consigo pensar é que, mais uma vez, você me deixou ali, a esperar. E não veio. Nunca vem. Já devia mesmo ter me acostumado com isso. Não sei porquê insisto (devia começar a usar o pretérito imperfeito, mas ainda me custa)... Agora me diz você: por quê? Por que eu não consigo me livrar logo disso tudo?

Vontade de dormir e acordar outra. Outro nome, outra história, podia até ser mais ou menos, mais normalzinha. Não ligava, mas nela não teria lugar para você. Queria acordar mais egoísta. Já me bastava.

A gente sempre destrói aquilo que mais ama em um campo aberto, ou numa emboscada; alguns com a beleza do carinho e outros com a dureza da palavra; os covardes destróem com um beijo, os valentes, destróem com a espada. (Oscar Wilde)

MERCEARIA
Faltei com a razão
E no coração coloquei meus olhos.
Esperei. Senti. Sofri.
Ceguei-me assim, aos poucos.
Paguei por isso preço alto.
E não recebi troco algum.
Bobeia e paguei ainda mais do que devia.


Pra complementar a minha obra aí em cima, só com Saramago mesmo, apesar da inspiração ser outra:
(...) Pouco a pouco começou a voltar a si, sentia umas dores surdas no estômago, não que fossem elas novidade, mas neste momento era como se não houvesse no seu corpo nenhum outro órgão vivo, lá estariam, mas não queria dar sinal de si, o coração, sim, o coração ressoava como um tambor imenso, sempre a trabalhar às cegas na escuridão, desde a primeira de todas as trevas, o ventre onde o formaram, até à última, essa onde parará.

(...)...se antes de cada acto nosso,nos puséssemos a prever todas as consequências dele,a pensar nelas a sério, primeiro as imediatas, depois as prováveis, depois as possíveis, depois as imagináveis,não chegaríamos sequer a mover-nos de onde o primeiro pensamento nos tivesse feito parar.
José Saramago in: Ensaio sobre a cegueira

Mas diferentemente... eu nunca me arrependo. Às vezes, gostaria de ter feito um pouquinho diferente. Só um pouquinho...

Hoje o meu papo é com o Cara-Lá-de-Cima, mesmo.


Eu quero ser racional. Eu quero ser racional. Eu quero ser racional. Pronto. Meus três pedidos. Tá bom, assim?? Agora conserta, já que a culpa é Sua mesmo, com todo o respeito, de me moldar assim. Vai ver falhou a matriz, né? Justo na minha vez??? Caraca! Na próxima encarnação eu quero é ser sereia!

O simbolismo mais veemente da sereia é a da sedução mortal. Certamente, ela é tentadora: "As asas da sereia são amor de mulher, que ela está pronta a dar e a retomar", escreve Pierre de Beauvais.

A paixão inflamada que ela inspira é perigosa, porque provém do sonho e do inconsciente, e por isso é sonho insensato, fantasma irreal. Para preservar-se das ilusões da paixão (o amor é cego), é necessário, como Ulisses, agarrar-se à dura realidade do mastro (centro do navio e simbolicamente eixo vital do espírito). Qualquer semelhança é mera coincidência, Ulisses, mera coincidência...

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Sermão do Pe. Antonio Vieira (1608-1697) em 1662, sobre a união

Toda a vida (ainda das coisas que não têm vida) não é mais que uma união. Uma união de pedras é edifício: uma união de tábuas é navio: uma união de homens é exército. E sem essa união, tudo perde o nome e mais o ser. O edifício sem união é ruína: o navio sem união é naufrágio: o exército sem união é despojo. Até o homem (cuja vida consiste na união de alma e corpo) com união é homem, sem união é cadáver.

Por mais alta que esteja a cabeça, se não está unida é pés. Por mais ilustre que seja o ouro, se não está unido é barro. Nobreza e desunida, não pode ser, pois em sendo desunida, deixa de ser nobreza. É vileza.

Para derrubar um reino e muitos reinos onde há desunião, não são necessárias baterias; não são necessários canhões; não são necessários trabucos; não são necessárias balas, nem pólvora. Basta uma pedra: o lápis.

Para derrubar um reino e muitos reinos onde falta a união não são necessários exércitos, não são necessárias campanhas, não são necessárias batalhas, não são necessários cavalos, não são necessários homens, nem um homem, nem um braço, nem uma mão. Nós temos muito boas mãos e o sabem muito bem os nossos competidores. Mas se não tivermos união, nem eles haverão ter mãos para nós, nem a nós nos hão de valer as nossas.


P.S. Recebi do anjo que me segura nas mãos sempre que eu insisto em me encolher.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Cartas


Vivo obsedada, e considero como que perdido o tempo que não passo a te escrever...

Levanto-me tarde; é verdade, que eu me deito tarde, mas isto não é uma razão. A verdade é que nestas últimas noites não te tenho conseguido tirar do pensamento. Tenho sido visitada por tão deliciosos sonhos, que não tenho coragem, pela manhã, de me arrancar à doce impressão que eles me deixam; procuro, ao contrário, prolongar por mais tempo possível o sono, por meio de vagos e doces devaneios.

Repreende-me, mas perdoa-me, meu caro, pois eu te prometo que essa preguiça de amor não se apoderará mais de mim. Serei violenta, se for preciso, arrancar-me-ei à doçura de sonhar contigo, a fim de ocupar-me de realidade.

Ama-me, tu a quem eu amo como jamais se amou alguém, e beija-me, tu, cujas faces eu beijo com transportes de respeito e de amor.

Adeus; enquanto te espero, beijo mil vezes a boca, sobre a qual não posso pousar a minha.

Can you meet me halfway, right at the borderline that's where I'm gonna wait, for you. I'll be lookin' out, night and day. Took my heart to the limit, and this is where I'll stay. I can't go any further than this. I want you so bad it's my only wish...



Não vejo nada de errado em ser literata, exagerada, emotiva, dramática na escrita, sensível, impaciente, teimosa, criativa, vivaz, idealista, romântica, orgulhosa, auto-confiante e ainda dar-me o luxo da fragilidade quando estou contigo. É pra isso que serve a licença poética.

No fundo você sabe, sim, quem eu sou. Às vezes, não me enxerga. Só me vê.

Rocky Balboa também tem cérebro... ou melhor, o roteirista.

Nessa minha nova fase de reclusão e retiro (outra delas, pra variar - crise existencial, no mínimo, pra não dizer outra coisa), a proposta foi: durma o máximo de tempo que conseguir durante o dia, permaneça no claustro o quanto puder, medite o máximo que puder, tome todos os banhos de chuva que conseguir e passe a noite em claro remoendo tudo o que não agrada até encher o saco e dormir sentada no sofá por exaustão. Falar só o necessário. Nada de academia. Nem shopping, muito menos balada. Livros, livros, livros, palavras cruzadas, revistas fúteis e nada de auto-ajuda peloamordedeus! Nesse meio tempo, tinha que incluir na lista todos os filmes que ainda não assisti. Todos, nem tanto: drama, romance e comédia romântica fora do papel. O negócio era terror, suspense, policial, coisas assim tenebrosas e sanguinárias pra tirar o foco mesmo. E uns filminhos idiotas também. Comédias baratas, ridículas. Aumentei a minha cinemateca aqui e, num piscar de olhos, assisti a todos os episódios de House, CSI (Miami, NY e Vegas), Law & Order de todos os sabores, Enigmas da Medicina, Medical Detectives e todos os outros programas do gênero disponíveis na programação da tv por assinatura.

Nessa minha saga televisiva, parei por 5 minutos no Universal Channel. Passava Rocky Balboa (é, aquele filme em que o próprio agora é um viúvo cinquentão e dono de um restaurante na Filadélfia, mas volta pros ringues  - acho que vou comprar um saco de areia pra desestressar - com o Sylvester Stallone, 'the italian stallion' - por que todo cara nessa idade se julga garanhão???) justamente na parte em que ele dá uma lição de vida no filho. Só pra degustação:
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The world ain't all sunshine and rainbows. It's a very mean and nasty place... and I don´t care how tough you are... it will beat you to your knees and keep you there permanently, if you let it. You, me or nobody, is gonna hit as hard as life. But ain't about how hard you hit. It's about how hard you can get hit... and keep moving forward... how much you can take, and keep moving forward. That1s how winning is done!
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Em português, retirado da própria legenda:
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O mundo não é um mar de rosas. É um lugar ruim e asqueroso... e não me importo quão durão você é... ele te deixará de joelhos e te manterá assim se permitir. Nem você, nem eu, nem ninguém baterá tão forte quanto a vida. Mas isso não se trata de quão forte pode bater. Se trata de quão forte pode ser atingido... e continuar seguindo em frente. Quanto você pode receber e continuar seguindo em frente. É assim que a vitória é conquistada!
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Vale a pena assistir.



Não podia deixar de postar aqui um belíssimo texto de Roberto Shinyashiki, que já diz tudo por si só.

Não conheço ninguém que conseguiu realizar seu sonho,
sem sacrificar feriados e domingos pelo menos uma centena de
vezes...
Da mesma forma, se você quiser construir uma relação
amiga com seus filhos, terá que se dedicar a isso, superar o
cansaço, arrumar tempo para ficar com eles, deixar de lado o
orgulho e o comodismo.
Se quiser um casamento gratificante, terá que investir
tempo, energia e sentimentos nesse objetivo.
O sucesso é construído à noite! Durante o dia você faz o
que todos fazem. Mas, para obter resultado diferente da
maioria, você tem que ser especial.
Se fizer igual a todo mundo, obterá os mesmos resultados.
Não se compare à maioria, pois infelizmente ela não é
modelo de sucesso. Se você quiser atingir uma meta especial,
terá que estudar no horário em que os outros estão tomando
chope com batatas fritas. Terá de planejar, enquanto os outros
permanecem à frente da televisão. Terá de trabalhar enquanto
os outros tomam sol à beira da piscina. A realização de um
sonho depende de dedicação.
Há muita gente que espera que o sonho se realize por
mágica. Mas toda mágica é ilusão. A ilusão não tira ninguém
de onde está. Ilusão é combustível de perdedores.
"Quem quer fazer alguma coisa, encontra um meio.
Quem não quer fazer nada, encontra uma desculpa".


Pois é. A única coisa que eu não consegui, foi sossegar a cabeça... Pudera: sou imediatista, não gosto de vácuos e não consigo varrer nada pra debaixo do tapete. Não gosto de deixar nada pra depois. E olha que eu bem tentei. Minha massa encefálica se recusou a entrar em férias e os circuitos elétricos entraram quase em pane. Vamos ver no que dá, pra mim, é descaso. Sinto muito, mas não consigo. O tema (in)felizmente fica ali, batendo o tempo todo, ainda que o filme esteja no clímax e o daemon esteja retalhando o garoto que tinha visões do morador anterior retalhando a família toda naquele cenário sanguinário holywoodiano... Eu não desligo. NUNCA. Por isso não medito. Não consigo esvaziar a mente. Mesmo no vácuo, o pensamento impera. Eu vou contra a maré, procuro sempre fazer acontecer, procuro uma resolução ao invés de esperar respostas e consertos do nada. Desculpa, mas eu sou difeente. O oposto de House, que diz que a melhor parte de ser adulto é que você não tem obrigação de fazer nada (ops, isso me lembra Aristóteles: 'Aquilo que temos o poder de fazer, temos também o poder de não fazer'). E não, não queria ter a vida dele: amargo, frustrado, ranzinza, cheio de manias e viciado em remédio pra dor (essa é a sua verdadeira muleta. Poderia ser bebida, cocaína, mas ele é médico, lembra? É tudo culpa da perna que ele quase perdeu pra poder continuar vivendo, mas odeia isso. Antes morto do que manco, não? Isso justifica a sua amargura... pra ele. Não pra mim.) the best no que faz, admiradíssimo por sua competência, mas uma pedra sentimentalmente falando. Dr House adora a miserabilidade de sua solidão e dá todo tipo de desculpa esfarrapada pra se manter no ciclo vicioso. Os erros são sempre dos outros. Nunca dele. Mr Perfect. O infeliz que não se envolve e muito menos se compromete com ninguém. Mas precisa ter tudo sob seu comando e controle. Orgulho não falta. E é esse mesmo orgulho que acaba por afogá-lo na solidão. Não vejo vantagem nisso. Pra ninguém.

P.S. É. Tá na hora de tomar café no Lucca (apesar da chuva que não para mais de cair)... já! E comida japonesa (sem saquê, porque amanhã acordo cedíssimo e volto a correr - chova ou faça sol!) à noite cai bem. Me, myself and I e um dvd qualquer... Life goes on. Eu é que, às vezes, esqueço disso. E não tenho esse direito. Por quê? Oras, lembra da tal estória das dez coisas que eu citei no post anterior? Só que é um pouco mais além: dez coisas, cinco péssimas, quatro ruins e uma boa (alguém, pelo menos, está feliz)... Tomo a boa por padrão. Alguém está feliz em algum lugar por aí. Já basta.

P.P.S. Eu SOU feliz. Só não ESTOU feliz. Os verbos de ligação alteram - e muito - o teor das frases.

P.P.P.S. A minha muleta? Tenho três: escrever, andar até a exaustão e remédio pra dormir. A terceira nem sempre está presente. E a sua, qual é?

Amor, filosofia e atualidades

Aonde mais o amor pode levar? Como ele pode crescer até dimensões maiores? O diálogo completo de ‘ O Banquete’ é a resposta de Platão a essa pergunta. No livro, diversas figuras da sociedade ateniense estão reunidas discutindo a natureza, o sentido e as implicações do amor. Elas fazem várias descrições de amor, todas unilaterais, embora não falsas, até chegar a vez de Sócrates. Uma das pessoas disse que o amor nos faz adotar atitudes nobres para sermos merecedores do amado. Outro afirmou que o amor é uma espécie de frenesi e loucura, e outros, como Aristóteles, classificaram-no como a busca de nossa outra metade. Platão diz que o amor ‘é uma loucura que é dádiva divina, fonte das principais bênçãos concedidas ao homem’. Loucura porque sob a influência da paixão física, perdemos de vista perspectivas e prioridades. A alma anseia tanto pelo contato com a outra pessoa que perde o juízo. Quando você está apaixonado, é como se o universo estivesse concentrado na outra pessoa. Isso não é necessariamente falso. Platão diz que, em certo sentido, o universo realmente está nessa pessoa. Você só precisa transformar essa dimensão e ver não apenas a pessoa, mas o universo dela.


Tudo o que ele disse em 'O Banquete' - ao amar uma pessoa você esta amando o universo e vice-versa – relaciona-se ao amor genuíno, sem egoísmo. Ele jamais apóia o relacionamento físico apenas como meio de obter prazer. Para Platão, o relacionamento sexual significa mais que um simples impulso instintivo, porque poderia colocar a pessoa na senda do amor autotranscendente desde que seja uma paixão genuína, carinhosa e abnegada. Em todos os diálogos de Platão, o uso do outro simplesmente para uma gratificação egoísta se dissocia dessa senda; é uma cilada, um perigo, não é amor e não levará a lugar algum.

Diz ele que a beleza da mente é mais maravilhosa que a beleza da forma. O segundo degrau é amar todas as formas físicas belas, o terceiro é amar a beleza da mente, o quarto passo da escada do amor é a ética (integridade, justiça, bondade, consideração). E por aí vai. Platão diria que o amor está no centro da vida universal. Em 'O Fedro', ele utiliza uma outra metáfora para mostrar essa mesma idéia de amor, oscilando entre o mortal e o imortal, entre o específico e o universal, entre o concreto e o abstrato. Nessa obra, os amantes são impelidos a buscar regiões mais elevadas, formas mais puras de amor. Por isso criam asas. As asas permitem que eles voem até a borda do universo, onde eles vêem as formas eternas, ou seja, a essência das coisas temporais. Em seguida, Platão expõe outra metáfora: a da carruagem puxada por dois cavalos, um branco e outro negro. O garanhão negro representa o amor egoísta, que uma pessoa usa a outra para a autogratificação. Uma pessoa comandada pelo cavalo negro clama pela satisfação imediata dos seus desejos, sempre orientada pelo egoísmo. Se esse garanhão sombrio governa, ele perturba o equilíbrio da manada. Esse tipo de amor não conduz ao amor universal.

São afirmações como essas que revelam a tendência ascética de Platão. Ele adverte contra todo o tipo de amor excessivo, desequilibrado e autocentrado. Isso não é amor, em absoluto, é apenas amor-próprio. Mas se a pessoa ama verdadeiramente, o cavalo branco ajuda a governar, de forma que todo o grupo - o cavalo branco, o cavalo negro e o cocheiro - possa ascender em direção à 'borda do céu' e visualizar as verdades eternas. O cavalo branco fornece equilíbrio com seu bom senso, integridade, altruísmo e interesse pelo outro. Em termos gerais, o cavalo negro seria um símbolo dos sentidos físicos, enquanto o branco seria aquilo que está além dos sentidos. Já o condutor do grupo, representa a alma e a visão da alma, o bom senso, a pureza, o desejar espiritual. O amor pode ser a própria carruagem, o veículo para nos conduzir a uma nova dimensão do ser e proporcionar vislumbre de outros estados de consciência, no próprio ato do amor. Para alguns, é difícil assumir o amor na vida deles. E quando isso acontece, a tendência é a fuga. Fugir é fácil, não? Principalmente para pessoas controladoras, que não admitem que quando algo sai do projeto pode ter sido por uma boa razão. Há mais de um caminho pra se chegar lá, mas a pessoa tem que estar apta e aberta a mudanças. Caso contrário, tudo está perdido... Corações de pedra, depois de muito tempo vivendo na tal amargura, são os mais difíceis de ressuscitar. Eles se baseiam em: eu quero, eu faço, eu tomo conta e se sair do controle, dane-se o outro. Viver a vida como se fosse parte de um parque de diversões ao melhor estilo montanha russa, não é bem o caminho. Por que as pessoas não podem simplesmente amar?Ninguém quer ‘encoleirar’ ninguém. Pelo menos não eu. Quem não é livre não pode ser feliz. A liberdade é a melhor, senão uma das únicas coisas que a gente carrega conosco. É a única busca que você se empenha de verdade. Não sei o porquê de certas pessoas insistirem em querer o lado fácil da vida. Sem compromissos, fazem aquilo que querem sem se importar com nada, não amam, usam.Tudo bem, aí a culpa vem dos hormônios. E então, julgam o universo feminino...

Fazendo um retrospecto: mulheres sempre foram subjugadas, incapazes, tolas, burras e os atributos físicos eram o que mais de precioso existiam. Hoje, pra não ter que engolir a seco um marido regido pelos hormônios (pois é, sem livre arbítrio aqui. Os hormônios estão no controle!) intelectualizaram-se e tornaram-se independentes. Mas não abrem mão de amar e serem amadas. Outras estão aí pra curtir a vida adoidado feito o que vocês, homens, fazem desde o início. E na visão delas, esse deve ser o lado bom da vida, afinal, é isso que elas vêem o tempo todo. Essas se dão bem direto. E daí que seja ‘one night stand’ ou um mês aos finais de semana? Às favas! O que ela pensa? Vou aproveitar tudo o que ele tem de bom e no final f... Essa sim, não liga a mínima se o cara tem outra aqui ou acolá. E não é isso que vocês querem? Compromisso algum? E reclamam por quê? O monstro, quem criou, foram vocês mesmos homens (a tal estória: quando há mercado...). Sinto informar. E não deixo de me revoltar porque ainda assim, se dão bem. E são, sim, felizes. Ainda não consegui entender como alguns homens mantem mulheres ao seu lado sabendo que o relacionamento é puramente financeiro e se sentem bem com isso... Um dia quem sabe alguém me explique.

(Não vejo nada de errado em coisas previamente combinadas, mas algumas, simplesmente não dão certo. Essa não é uma fórmula que caia bem. Tudo é uma questão de limite do absurdo e bom senso, além de respeito. Senão, quem está do seu lado é o quê, mesmo??? - desculpa, pensei alto...)

Eu não sei viver sem amor. Sem ser amada. E sinto necessidade de ouvir isso sempre, por mais idiota que pareça. Não só ouvir, mas enxergar atitudes que me levem a crer que realmente sou amada. Sem isso, perco o rumo, o prumo, a razão. Não sou ensandecida. Sou humana. E, dentro das minhas veias corre o sangue mais quente que você jamais (?) poderia imaginar... E quando amo, digo uma, duas, milhões de vezes que amo, porque é imenso demais pra ficar guardado aqui dentro... Mas é duro ser literata. Cheguei à conclusão de que homens adoram mulheres bonitas, boas e burras, ou quase burras. As inteligentes tem quase sempre uma saída para os problemas. Intimidam. Porque grande parte deles precisa sempre estar no controle. Que saco! Ninguém tá jogando tênis pra torcer pro outro errar!!! No frescobol, se não houver controle de ambos, não dá jogo! Você se encaixa na jogada, conserta a bolinha que chegou meio torta e tenta colocar na mão do outro. Isso é trabalho em equipe. Você torce pro outro acertar.

E quer mesmo saber? Quem tem duas, três, quatro, dez, vinte, trinta mulheres pelo mundo afora, jamais conseguirá ser feliz. Sabe por quê? Porque amor requer doação e haveria de ter muito tempo disponível na sua agenda pra isso. Quantidade não é qualidade. Nunca foi. Pena que a maioria das pessoas ainda não tenha caído na real. A não ser que você seja doentiamente viciado em ter novidades o tempo todo, em sentir a adrenalina da conquista... e eu não considero isso normal. Fosse assim, o mundo seria uma loucura total e terra de ninguém. O problema não é o cara lá de cima, não. O problema está bem ali na tua frente, ou melhor, dentro de você. E não querer enxergar torna o problema maior ainda.

A vida é feita de escolhas. Algumas não prestam. Outras abrem portas pra coisas maravilhosas que, se você não provar, jamais saberá. Mas muitas dessas vezes, a porta se abre uma única vez e você só tem cinco segundos pra dizer se aceita ou não. Quanto ao tempo, quando passa... dificilmente tem volta.

Em I Coríntios, 13, diz: 'Tenha certeza que três coisas permanecem: a fé, a esperança e o amor, mas a maior de todas é o amor.’ Sem amor, as duas outras estariam perdidas num oco nada.

É, eu sei, tô começando a acreditar que a sopa de letrinhas foi longe... A paz que a gente busca... está mais perto do que a gente imagina. Só alguns ajustes... Mas há que se querer – e muito – isso. Prazeres fúteis, muletas momentâneas, transformar aqueles que te acompanham quando você mais precisa, em nada ajuda. É o mesmo que entregar a 765 e dizer: vai logo, atira.Tudo foi um mero erro. E você foi um oco nada. Nada, nada agradável de se ouvir isso. Mesmo que não as exatas palavras.

De salafra o mundo está cheio mesmo... tem razão. O duro é chegar a conclusão de que é esse tipo de mulher que é feliz. As sérias só se ferram. E como diz o ditado... as boazinhas vão pro céu, mas as malvadas se divertem muito mais. A vantagem pro homem em optar pela malvada, é que ele nunca se cansa. Muda de uma pra outra como troca de roupa. Não consigo entender como esse estilo de vida pode ser assim tão maravilhoso a ponto de jogar coisas extraordinárias pro alto... é pra alimentar o ego? Porque essa de hormônios já não me convence mais. Fosse assim, toda mulher em período fértil agia que nem cachorro – inclusive as bem resolvidas.  E não é o caso. No fundo, eu acho que quem dá o limite é a gente. O duro é quando não se quer limitar por belprazer. É mais fácil seguir a onda, não? E assim, não há envolvimento mais profundo com quem você diz que ama. Nada me tira da cabeça que isso é pra manter a linha do abismo bem longe. Apaixonar-se, doar-se faz com que se perca o controle da situação. E alguns homens não lidam nada bem com isso. Ficar na zona de conforto é muito melhor. O medo do desconhecido trava o melhor da vida. Sinto pena, mas nada posso fazer. Espero que um dia, homens assim, acordem pra vida. E Deus lhes permita que não seja tarde demais...

Ah, mas tem homem que ama, sim, (ao contrário do pensamento de alguns) que se apaixona, luta pelo sentimento, chora, sofre e é extraordinariamente feliz porque soube ser um pouco menos racional e se entregar ao que há he mais belo em toda a nossa vã existência e todo aquele blablabla que você já conhece... e eu acho ótimo ver que ainda existe essa qualidade por aí. Que eu saiba, até hoje ninguém se tornou inferior por se atirar no abismo do amor. Nem tudo é cor-de-rosa e salmão. Há o melhor e o pior, como em tudo na vida. E é assim que a gente cresce e evolui. VIVA! DOE-SE! O resto vem de graça, como eu sempre digo.

O homem tem duas opções: ou vive plenamente solteiro, farreando, enchendo o caveirão dia sim, outro também etc etc e tal até o final dos seus dias... sozinho (ou 'mantém' uma dama de cia pra garantir os anos de velhice longe da solidão, que pode até ser aquela garota malvada de alguns parágrafos acima, - porque ela não vai estar lá muito preocupada se você precisa disso ou daquilo, se você sente ou deixa de sentir, se você precisa de um médico ou não [ah, pra isso você paga uma enfermeira], mas se você vai conseguir garantir as idas ao salão, o carro do ano e o resto todo mundo já sabe - acho isso sórdido demais, mas vá lá, cada um com seu gosto). Ou ele toma tento e faz um balanço daquilo que realmente importa na vida. Aqui não é a Terra do Nunca, infelizmente. Aqui a gente cresce, envelhece e morre (quando menos se espera). Viver é uma tacada só. Não tem repeteco, não.  E digo mais, se de dez coisas que acontecem durante o dia, uma única fosse perfeita, seria o suficiente pra mim. As outras nove, são pequenas demais pra me afetarem e se não me afetam a ponto de perder a cabeça, raciocino e vejo onde errei e se tem conserto. Se não tiver, paciência. Vai pra caixa do esquecimento. Se tiver, eu corro atrás. Se conseguir, ótimo, senão, paciência outra vez. Nem tudo está em nossas mãos. Fora o destino. Ou pelo menos dá uma mãozinha, né? Escolhas, lembra??

Mas essa é a minha opinião... Opinião é como gosto: cada qual com o seu.

SERÁ QUE DÁ PRA DEIXAR AS COISAS SEREM SIMPLES??????

P.S. Dinheiro demais e uma dose generosa de poder é maldição! Nunca vi ninguém que tivesse ambas as coisas que fosse - ou se permitisse - ser feliz por muito tempo. Daí para justificar a fraqueza do espírito que cada um traz consigo... é um passo. Uns mais. Uns menos. Outros se afundam mesmo, enquanto uma parcela deles se julga no direito de permanecerem na infelicidade comprada. Mas é melhor ir parando por aqui, porque já deu muito pano pra manga esse tal assunto, não? A minha profundidade, às vezes, me assusta... É eu sei. Já falei demais.

Um homem não pode fazer o certo numa área da vida, enquanto está ocupado em fazer o errado em outra. A vida é um todo indivisível.

Mahatma Ghandi

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Amar também é bom: porque o amor é difícil. O amor de duas criaturas humanas talvez seja a tarefa mais difícil que nos foi imposta, a maior e última prova, a obra para a qual todas as outras são apenas uma preparação.

Rainer Maria Rilke in: Cartas a um jovem poeta, p. 55

“A ágape é paciente, é benfazeja; não é invejosa, não é presunçosa nem se incha de orgulho… não se alegra com a injustiça, mas fica alegre com a verdade”.(1 Cor 12; 4-6).

Ensaio 102


Pela grande razão dos sentimentos, a minha sombra há de ficar aqui. Sem vida. Disforme. Oculta. Mas há de ficar aqui. E tua garganta estúpida não será capaz de me espantar. Por quê? Oras, porque tu moras no meu deserto das idéias. E sou aquela que te cria. Eu te sopro a vida porque tu és aquilo que eu quero enxergar e não o que ocultas na alma. Tu não és nada além daquilo que moldei num sonho ridículo. Tu não existes senão na minha imaginação e não te espantes, mas dissolvestes na primeira tempestade: quando podias e não fizestes nada. Quando mais esperei de ti, menos tive. Quando mais precisei de ti, mais te ausentavas. E assim me reduzias... e eu permaneci inerte, à tua espera. Pela grande razão dos sentimentos. Os meus.
Moldei-te no barro, criei-te, dei-te um nome e uma face. Criei estórias fantásticas de ti, e vi aquilo que ninguém enxergava. Ordenei-te cavaleiro, conselheiro e confiei-te meus segredos mais íntimos. Escrevi versos sangrados de amor e devoção. E abri-te a minha alma.
E tu, fazes o quê? Finges que não vês. Caminhas tu, em teu destino para um fim que tu mesmo desconheces. Mal sabes o que te esperas... Mal sabia eu, que quanto mais ia ao teu encontro, mais me perdia de mim.

Tô começando a odiar essa estória de 'missing someone'...


sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Batalhas, guerras e desistências... ou novas esperanças?



Não há de ver que Rourke deu uma dentro??
Depois de anos de degradação e autopunição ou seja lá o que tenha dado na cabeça desse homem (lembro-me bem de sua belíssima atuação em Coração Satânico, juntamente com Robert De Niro), Mickey Rourke, em entrevista a revista Veja, ao responder se em algum momento do seu 'fundo do poço' pensou em desistir da carreira, declarou 'ter alguma esperança é a única coisa que faz alguém atravessar um deserto como o que eu atravessei. Eu tenho esperança nos punhos e nos nós dos dedos. Não sei desistir'.

Sábio. E bem sei eu o que isso significa. Requer muito treino. E paciência. Mas chega uma hora que desistir é preciso. Pra mim, pra você, pra nós. Desistir é difícil, mas insistir pode fazer com que você se torne um chato de carteirinha. E eu acho que já estava me enquadrando nessa última categoria. Quando nem eu mesma me aguentava mais... o melhor mesmo é desistir e buscar outro sonho. Ou sonhar o mesmo de forma diferente, renovada e mais sutil. Perdi a batalha, mas a guerra está loooooonge de terminar. rs

E como diz Natasha Bedingfield, "I've got a pocketful of sunshine (...) Do what you want but your never going to break me, sticks and stones are never gonna shake me (...)".

Posto ainda um trechinho de outra música dela que adoro, chamada Unwriten:
(...)
Staring at the blank page before you
Open up the dirty window
Let the sun illuminate the words that you could not find
Reaching for something in the distance
So close you can almost taste it
Release your inhibition
Feel the rain on your skin

No one else can feel it for you
Only you can let it in
No one else, no one else
Can speak the words on your lips
Drench yourself in words unspoken
Live your life with arms wide open
Today is when your book begins

The rest is still unwriten
(...)

P.S. Não, não tenho vocação pra me autodestruir não. Sou de criar, não de arrasar. Posso ser um furacão quando eu quero, mas não levo ninguém à ruína. Blue eyes + blond hair + neurônios funcionando muito bem, obrigada = bom senso. E bota bom senso nisso. Como só eu tenho a capacidade de fazer por eu mesma, falar por eu mesma e sentir a chuva na minha própria pele, lá vou eu. Eu outra vez no melhor eu que, caleidoscopicamente, existe (lógico, porque há a amiga de escola, a conhecida da academia, a parente, a amiga recente, a namorada [?], a mãe, cada qual com a sua característica; a essência é a mesma, mas o tratamento lógicamente não). Intensamente, só pra variar. Mas isso já não é mais novidade. Ou é??
P.P.S. Como é bom ser diferente. Ah, se é. Caráter é tudo, não é?

Presente de 'daemon'

A letra é linda...

Don't give up
Peter Gabriel

In this proud land we grew up strong
We were wanted all along
I was taught to fight
Taught to win
I never thought I could fail

No fight left or so it seems
I am a man whose dreams have all deserted
I've changed my face
I've changed my name
But no one wants you when you lose

Don't give up
'Cause you have friends
Don't give up
You're not beaten yet
Don't give up
I know you can make it good

Though I saw it all around
Never thought that I could be affected
Thought that we'd be the last to go
It is so strange the way things turn

Drove the night toward my home
The place that I was born, on the lakeside
As daylight broke, I saw the earth
The trees had burned down to the ground

Don't give up
You still have us
Don't give up
We don't need much of anything
Don't give up
'Cause somewhere there's a place where we belong

Rest your head
You worry too much
It's going to be alright
When times get rough
You can fall back on us
Don't give up
Please don't give up

Got to walk out of here
I can't take anymore
Going to stand on that bridge
Keep my eyes down below
Whatever may come
And whatever may go
That river's flowing
That river's flowing

Moved on to another town
Tried hard to settle down
For every job, so many men
So many men no-one needs

Don't give up
'Cause you have friends
Don't give up
You're not the only one
Don't give up
No reason to be ashamed
Don't give up
You still have us
Don't give up now
We're proud of who you are
Don't give up
You know it's never been easy
Don't give up
'Cause I believe there's a place
There's a place where we belong


Escolhi a versão 2 do vídeo...

Exercício mental

Como eu queria ser parte da noite,
Qualquer coisa disforme e sem contornos,
Um lugar qualquer no espaço.
Queria ser parte e ausência da minha não existência...

E costumava ser assim, tão real, tão cheio de vida,
De um vermelho vivo...
Perdeu-se longe. Perdi-me...
Deixei-me. A mim e a todos.
Sigo à espreita do que não é.
(...)Onde está hoje o meu passado?
Em que baú o guardou Deus que não sei dar com ele?
Quando o revejo em mim, onde é que o estou vendo?
Tudo isto deve ter um sentido - talvez muito simples -
Mas por mais que pense não atino com ele.

Saudade de quando a saudade era só saudade e nada mais
E como era simples enquanto não passava de saudade
E não matava de dor de tanta saudade
Saudade...

Seja por esta hora em que me levas a enterrar
o sopro maldito de uma esperança qualquer
A esta hora em que eu não posso ver que tu me olhas em silêncio
(...)Mas tudo isto foi o Passado, lanterna a uma esquina de rua velha
Pensar nisso faz frio, faz fome duma coisa que não se pode obter.
Dá-mme não sei que remorso absurdo pensar nisto.
Oh turbilhão lento de sensações desencontradas!
Vertigem tênue de confusas coisas na alma!
Fúrias partidas, ternuras como carrinhos de linha com que as crianças brincam,
Grandes desabamentos de imaginação sobre os olhos dos sentidos.
Lágrimas, lágrimas inúteis,
Leves brisas de contradição roçando pela face à alma. (...)

Tamanha a minha ânsia de ser mar ou cais!
Na minha imaginação ele está já perto e é visível
Em toda a extensão das linhas das suas vigias,
E trem em mim tudo, toda a carne e toda a pele,
Por causa daquela criatura que nunca chega em nenhum barco
E eu vim esperar hoje ao cais, por um mandado oblíquo.
(...)
Apelo lançado ao meu sangue
Dum amor passado, não sei onde, que volve
E ainda tem força para me atrair e puxar,
Que ainda tem força para me fazer odiar esta vida
Que passo entre a impenetrabilidade física e psíquica
Da gente real com que vivo!
(...)

Ah se pudesse assim arrancar o que me vai no peito sem que a alma se desmoronasse...
E tudo, então, se perdeu, ruiu, sumiu... esvaiu-se e restou o quê?
Linhas, traços, idéias e sentimentos em tinta e papel
Confissões escritas sem valor
Palavras jogadas ao vento
Cadernos cheios de pedaços de mim e a alma pesada de engodos
(...)Ah, por que se armam de lágrimas absurdas os olhos
E que dor é esta, do antigo e do atual e do futuro
Que dói na alma como uma sensação de exílio? (...)

Não me posso aonde não me desejam, mas também não me posso sem ti
E vago num limbo, fingindo uma felicidade que não há,
Inventando alegrias que não existem
Vagando sem destino certo e sem estímulo real
Buscando um não-sei-o-quê
Com a alma enlutada por aquilo que nunca foi
Chorando aquilo que nunca existiu
Numa ferida aberta que não fecha jamais.

Eu, que tive a alma exposta e o coração escancarado
Que mostrei o que sou e o que não posso ser

(...)Todas estas coisas são uma só coisa e essa coisa sou Eu...(...)


O oposto do amor não é o ódio, mas a indiferença...

Exercício mental com fragmentos de Álvaro de Campos (heterônimo de Fernando Pessoa)

Um homem inteligente falando sobre as mulheres...

Às mulheres, para conhecimento; aos homens, para aprendizado..

O homem que escreveu o texto abaixo merece com certeza reconhecimento e um prêmio por tamanha sensibilidade.

Quiçá todos colocassem em prática algumas das sugestões abaixo, para que existissem mulheres muito mais felizes.

'O desrespeito à natureza tem afetado a sobrevivência de vários seres e entre OS mais ameaçados está a fêmea DA espécie humana. Tenho apenas um exemplar em Casa, que mantenho com muito zelo e dedicação, mas na verdade acredito que é ela quem me mantém..

Portanto, por uma questão de auto-sobrevivência, lanço a campanha
'Salvem as Mulheres!'

Tomem aqui OS meus poucos conhecimentos em fisiologia DA feminilidade a fim de que preservemos OS raros e preciosos exemplares que ainda restam:


Habitat
Mulher não pode ser mantida em cativeiro. Se for engaiolada, fugirá ou morrerá por dentro. Não há corrente que as prenda e as que se submetem à jaula perdem o seu DNA. Você jamais terá a posse de uma mulher, o que vai prendê-la a você é uma linha frágil que precisa ser reforçada diariamente.

Alimentação correta
Ninguém vive de vento. Mulher vive de carinho. Dê-lhe em abundância. É coisa de homem, sim, e se ela não receber de você vai pegar de outro. Beijos matinais e um 'eu te amo' no café DA manhã as mantém viçosas e perfumadas durante todo o dia. Um abraço diário é como a água para as samambaias. Não a deixe desidratar. Pelo menos uma vez por mês é necessário, senão obrigatório, servir um prato especial.

Flores
Também fazem parte de seu cardápio - mulher que não recebe flores murcha rapidamente e adquire traços masculinos como rispidez e brutalidade.

Respeite a natureza
Você não suporta TPM? Case-se com um homem. Mulheres menstruam, choram por nada, gostam de falar do próprio dia, discutir a relação. Se quiser viver com uma mulher, prepare-se para isso.

Não tolha a sua vaidade
É DA mulher hidratar as mechas, pintar as unhas, passar batom, gastar o dia inteiro no salão de beleza, colecionar brincos, comprar sapatos, ficar horas escolhendo roupas no shopping. Só não incentive muito estes últimos pontos ou você criará um monstro consumista.

Cérebro feminino não é um mito
Por insegurança, a maioria dos homens prefere não acreditar na existência do cérebro feminino. Por isso, procuram aquelas que fingem não possuí-lo (e algumas realmente o aposentaram!). Então, aguente mais essa: mulher sem cérebro não é mulher, mas um mero objeto de decoração. Se você se cansou de colecionar bibelôs, tente se relacionar com uma mulher. Algumas vão lhe mostrar que têm mais massa cinzenta do que você. Não fuja dessas, aprenda com elas e cresça.
E não se preocupe, ao contrário do que ocorre com OS homens, a inteligência não funciona como repelente para as mulheres.

Não confunda as subespécies
Mãe é a mulher que amamentou você e o ajudou a se transformar em adulto. Amante é a mulher que o transforma diariamente em homem. Cada uma tem o seu período de atuação e determinado grau de influência ao longo de sua vida.

Não faça sombra sobre ela
Se você quiser ser um Grande homem tenha uma mulher ao seu lado, nunca atrás. Assim, quando ela brilhar, você vai pegar um bronzeado. Porém, se ela estiver atrás, você vai levar um pé-na-bunda. (tem gente que já sentiu isso na pele)

Aceite:

Mulheres têm luz própria e não dependem de nós para brilhar.

O homem sábio alimenta OS potenciais DA parceira e OS utiliza para motivar OS próprios.

Ele sabe que, preservando e cultivando a mulher, ele estará salvando a si mesmo!

sábado, 9 de janeiro de 2010

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Milho de pipoca que não passa pelo fogo, continua sendo milho pra sempre.

Rubem Alves




Ah, mas eu já passei por tanto fogo que daqui a pouco viro é carvão mesmo!

Uma dia a Fer postou no blog uma frase da Martha Medeiros: 'O tempo não cura tudo. Aliás, o tempo não cura nada, o tempo apenas tira o incurável do centro das atenções'.

O post da Fer, que já não existe mais lá, dizia assim:
"O tempo não cura tudo. Aliás, o tempo não cura nada, o tempo apenas tira o incurável do centro das atenções." (Martha Medeiros)

E o incurável fica ali no banco de reservas, torcendo para que um dia chegue a sua vez de entrar em campo, ainda que seja aos 45 minutos do segundo tempo...


E bem citou a Fer, lá, uma frase de Lenine: Quem vai virar o jogo e transformar a perda em nossa recompensa?

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Ô, inferno astral, hein???

Perfeito. Pra daemon nenhum botar defeito! Enquanto isso faço o quê, mesmo?