quinta-feira, 20 de novembro de 2008

'Isso tudo não pode ser em vão.'

Drª Repolha in: http://drarepolha.blogspot.com/2008/11/de-onde-mais-se-espera.html

Ferdinanda Maria Repolhuda - desculpa, mas não resisti! (rs) - Confesso que... não sei (acho que ultimamente nem tenho tido lá muita certeza de grandes coisas, mas...). Cheguei mesmo a pensar assim durante décadas, mas acho que fui tão escaldada nesses últimos anos que hoje concluo que o 'vão' é que foi, o resto não foi. Explicação? Já tentei. Pela lógica, pela emoção, pela racionalidade do ser, pela fé e por tudo o mais que você que me lê aí do outro lado possa imaginar. Num misto de sudoku com caça-palavras digno de teste pra FBI, não conclui nada. Ficou foi um emaranhado de palavras malditas, não ditas e muita mágoa pra uma pessoa só. Ficou a indiferença, o descaso e a falta de consideração. Ficou o vácuo de sempre. Ficaram um monte de lembranças confusas. Confusas porque não dá pra saber se foi de fato real ou um monte de teatralização banal da projeção humana que nem era mesmo de verdade. Era coisa minha mesmo. Surgiram visões distorcidas de realidade desconexa como numa bad trip.
Espanto-me com a imensidão de pinceladas perfeitas com as quais moldei minha obra de arte mais valiosa na qual dediquei os melhores anos da minha vida, da qual escorre o escarlate mais puro do que carrego em mim. Projetei a luz, mas não vi que as sombras eram muito mais poderosas do que jamais poderia imaginar.
Repaginei-me em vão. Rasguei as folhas. Queimei. Renovei-me, mas o caos já tinha tomado conta de tudo. A esperança parca que restara, já se esvai no vento do norte, frio, seco, 'infértil', ausente de tudo, mas presente de dor, dúvidas e descrenças. O cristal quebrou-se. E a pérola a criar-se, perdeu-se na maré da desilução.

Numa visão torpe de sentimentos, agarrei-me ao que tinha de mais valioso.
E era nada.
Nada além de um oco, um eco daquilo que batia dentro de mim...
Um eco oco. Um oco nada.
in: http://atravesdosolhosdaalma.blogspot.com/2008/11/amarras.html

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