quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

A Caixa de Pandora


O titã Prometeu presenteou os homens com o fogo para que dominassem a natureza. Zeus, o chefão dos deuses do Olimpo, que havia proibido a entrega desse dom à humanidade, arquitetou sua vingança criando Pandora, a primeira mulher. Antes de enviá-la à Terra, entregou-lhe uma caixa, recomendando que ela jamais fosse aberta. Dentro dela, os deuses haviam colocado um arsenal de desgraças para o homem, como a discórdia, a guerra e todas as doenças do corpo e da mente mais um único dom: a esperança. Vencida pela curiosidade, Pandora acabou abrindo a caixa, liberando todos os males no mundo, mas a fechou antes que a esperança pudesse sair (por isso dizem que a esperança é a última que morre).

Hoje, a expressão, Caixa de Pandora é utilizada quando se quer fazer referência a algo que gera curiosidade, mas que é melhor não ser revelada. E eu entendo muito bem desse assunto. Ah, se entendo...

CAIXA DE PANDORA
Agamenon Troyan

Quando criança
Eu falava com os anjos
Enxergava o mundo
Com os olhos da Inocência.

Cresci, tornei-me um homem
Cheio de idéias, metas e planos
Abri minha caixa de Pandora
E só encontrei o engano

Revoltado e sem esperança, lancei-a ao mar
Junto coma a minha frustração
Que calada não se manifestou

E agora, o que fazer?
O passado sepultei,
O presente neguei,
O que dirá o meu futuro?

Arrependido, voltei ao penhasco
Ofegante, a caixa procurei
Por um momento, desesperançoso, orei.
O que eu desejava não acontenceu
Mas uma resposta um anjo me deu:

Revelou-me que sem lutar
Um homem derrotado se torna.
Sem objetivos e sem sonhos:
Sua vida é vazia de glórias.


P.S. Se no final nem há esperança, então o que antes era vivo e cheio de cores, torna-se gris e sem vida. É. A curiosidade matou o gato que comeu a língua. E o resto também. rs

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