quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

"Não importa o que fizeram com você. O que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você."

Sartre

Já tinha postado isso antes, mas essa é uma das citações de Sartre (Jean Paul Sartre, 21 de Junho de 1905 - 15 de Abril de 1980), grande filósofo existencialista francês do início do século XX.

Também ele disse que "um homem não é outra coisa senão o que faz de si mesmo". Acredito realmente que o destino é a gente que faz, o caminho somos nós que traçamos e escolhemos. E que somos aquilo que fazemos de nós mesmos. O caráter somos nós que construímos e, ainda que o ambiente não seja lá muito favorável, o livre-arbítrio é indiscutível. Tomamos os exemplos que escolhemos, então, não concordo quando a ausência de caráter, o pessimismo, a falta de ambição (aquela que nos impulsiona a crescer, que fique cá bem claro) e a negação do bem são justificadas por uma infância infeliz, pela ausência de pais, pela pobreza ou seja lá qual for a questão social que desejem utilizar para tal fim. Sempre, e friso bem, sempre, há o bem e o mal, ainda que em doses diferentes, um peso e uma medida para cada um. E sempre somos nós a escolher qual caminho tomar (não fosse assim seríamos todos psicóticos, assassinos e extremamente violentos, não?). Fácil é arranjar desculpa, difícil é assumir o que realmente somos. Enquanto as máscaras permanecem, não há como não ser miseravelmente infeliz. A verdade liberta. Uma lástima que nem todos aprendam isso... Não há como ser aquilo que não se é por muito tempo. Devagar a vida cobra!

P.S. Sempre me disseram que é o aluno que faz a escola e concordo com isso. Já provei os dois lados (o particular e o público) e sei bem onde cheguei. E onde ainda vou chegar, então quando me vem com essa de que 'não tenho grana pra estudar', desculpa, mas se o que procura é sabedoria, informação, crescimento pessoal e afins, há muitas outras fontes pra isso. Então, ignorância pra mim não tem desculpa. Há milhares de exemplos de miseráveis com cultura. E, por incrível que pareça, não, isso não é raro. Participei de um grupo de disdussão filosófica de catadores de papel em Curitiba, só pra dar um exemplo. Gente que não tem onde cair morta, mas tem cultura sim. E busca cultura. Gente que aprendeu a ler depois de idade avançada e prossegue até hoje. Esses teriam desculpas, milhares delas, mas ao invés de usá-las, encontravam-se (não sei mais hoje) todas as quintas à noite na FREI para crescerem como indivíduos. E é aí que a gente vê a diferença entre os que querem ser daqueles que se acomodam e se escondem atrás de estórias tristes. Para aqueles, o futuro não assusta, mas está nas suas mãos.

1 comentários:

Kelly Jessie disse...

Já tinha lido essa mesma frase só que atribuida à Shakespeare...bom, seja de quem for é uma grande verdade!